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Síndromes gripais aumentam entre idosos, crianças e pessoas com baixa imunidade devido à fumaça em Manaus


A fumaça na capital amazonense tem levado a um aumento significativo de internações na rede de saúde do Estado do Amazonas, especialmente entre crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas. Esses grupos são mais suscetíveis ao agravamento de síndromes respiratórias causadas pela exposição aos poluentes resultantes das queimadas e pelo efeito estufa gerado pelos focos de calor.


Estudos indicam que a associação entre as queimadas florestais na Amazônia e a piora na qualidade do ar tem agravado a situação de saúde da população amazonense. Os poluentes liberados pela queima da floresta provocam uma resposta inflamatória persistente nos pulmões, o que pode aumentar significativamente o risco de infecções respiratórias.


As pesquisas também mostram que os níveis diários de poluentes são extremamente elevados, o que pode dobrar o risco de hospitalização por doenças respiratórias atribuíveis à concentração de partículas finas e inaláveis (fumaça) presentes no ar. Uma parte considerável dessas internações está diretamente ligada às micropartículas da fumaça, que se depositam nos pulmões e agravam os problemas respiratórios, especialmente em pessoas com comorbidades. Isso não só impacta a saúde e o bem-estar da população, mas também resulta em altos custos econômicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) devido às doenças respiratórias.


O cenário é ainda mais preocupante no contexto pós-pandemia de COVID-19, já que muitos ainda lidam com sequelas respiratórias. Essa sobreposição de fatores sugere que o sistema de saúde do Amazonas poderá enfrentar uma pressão adicional, especialmente nos meses mais secos, quando as queimadas tendem a ser mais intensas.


Recomendações para prevenção das síndromes respiratórias em cenário de queimadas no Amazonas:


Redução do Desmatamento e Queimadas: Combater o desmatamento e a degradação do bioma amazônico é crucial para garantir direitos básicos das populações locais, como acesso à saúde e um ambiente saudável.


Programas de Vigilância Epidemiológica e Ambiental: É necessário desenvolver e implementar programas efetivos de vigilância direcionados à população amazônica exposta às queimadas, com atenção especial para grupos vulneráveis como gestantes, crianças, idosos e pessoas com comorbidades.


Esforço Preventivo no Controle de Zoonoses: Investir na prevenção é essencial, pois os custos preventivos são significativamente menores comparados aos custos econômicos, sociais e de saúde no controle de potenciais epidemias e pandemias.


Papel do Cidadão na Prevenção das Queimadas:


Evitar Queimadas Desnecessárias: Não provoque queimadas para eliminar lixo ou limpar terrenos. Busque alternativas mais seguras e sustentáveis para a eliminação de resíduos.


Descarte Adequado de Pontas de Cigarro: Nunca jogue pontas de cigarro em áreas naturais. Um simples cigarro pode iniciar um incêndio em áreas secas.


Cuidado com Fogueiras: Faça fogueiras apenas em locais autorizados e apague-as completamente após o uso.


Denúncia de Ações Suspeitas: Se observar queimadas ilegais ou irresponsáveis, denuncie às autoridades ambientais ou ao Corpo de Bombeiros (193).


Preparação para Agir em Caso de Incêndios: Mantenha água, abafadores e ferramentas de combate a incêndios em casa, no carro e em propriedades rurais.


Atenção às Condições Climáticas: Evite atividades ao ar livre em dias de altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes, condições que favorecem a propagação do fogo.


Essas medidas são fundamentais para proteger a saúde da população e preservar o meio ambiente.

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Blog do Jucem Rodrigues
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