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Sem força em Manaus e na mira da PF, Sabá Reis quer ser prefeito no interior do AM


Depois de ser preterido pelo prefeito David Almeida (Avante) nas últimas eleições como candidato a vice-governador, na chapa liderada pelo governador eleito Wilson Lima – semanas após ser alvo de uma operação da Polícia Federal – o secretário municipal de limpeza pública, Sabá Reis (Avante), quer ser prefeito de um município no interior do Amazonas.


A bola da vez é o município de Presidente Figueiredo, região metropolitana da capital. O anúncio da possível pré-candidatura foi realizado no último sábado (15), na Comunidade Boa Esperança, localizada na BR-174.


Nos bastidores da Prefeitura de Manaus, especialmente entre os secretários mais próximos do prefeito David Almeida, e nos corredores do Avante, cogitava-se que Sabá Reis disputaria as próximas eleições em Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo ou, até mesmo, Autazes.


Segundo articuladores da pré-candidatura, em Autazes, Sabá Reis já disputou a prefeitura, em 2016, e saiu derrotado, perdendo para Andreson Cavalcante (Pros); em Rio Preto da Eva, não encontrou cenário político favorável, e, em Presidente Figueiredo, pretende aproveitar o cenário político conturbado e liderado pela prefeita Patrícia Lopes (União), que enfrenta um tratamento contra um câncer e rompeu com o atual vice-prefeito, Anderson Leal.


Até o momento, Sabá Reis não tem comentado publicamente as movimentações políticas pró-eleições 2024, mas voltou a acompanhar, de perto, as agendas institucionais do prefeito de Manaus, David Almeida, mesmo as que não têm relação com a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).


Imagem arranhada


Sabá Reis, que é natural de Parintins, no interior do Amazonas, é secretário municipal de limpeza pública da gestão de David Almeida e foi um dos alvos da Operação Dente de Marfim, deflagrada pela Polícia Federal (PF), no dia 22 de junho, em Manaus, para apurar a prática de diversos crimes como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.


Ao todo, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio no valor de R$ 30 milhões das contas bancárias e ativos financeiros, dentre outros bens de 34 pessoas físicas e jurídicas.


Durante a operação, a PF identificou que foram feitas nomeações de cargos e trocas de favores entre empresários e a Secretaria de Limpeza Pública de Manaus.


“Identificamos, a partir das diligências, que no decorrer desses anos, ‘foi constatado’ [sic] trocas de favores, nomeações de parentes das empresas na Secretaria Municipal de Limpeza, além de haver indícios de pagamento de vantagem indevida ao gestor da pasta. Temos provas e documentos que confirmam isso”, disse o delegado da Polícia Federal, João Marcelo Uchôa, em coletiva de imprensa.


Em nota emitida no dia da operação policial, a Prefeitura de Manaus afirmou que apoia as investigações conduzidas pela Polícia Federal na Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).


A reportagem entrou em contato com o secretário, que atendeu a ligação, mas ao ser questionado sobre a possível candidatura, desligou o telefone e não atendeu mais.

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Blog do Jucem Rodrigues
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