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Saiba como está sendo feita a dragagem do rio Madeira para evitar que estiagem cause desabastecimento em Manaus


Para garantir a navegabilidade contínua e promover o desenvolvimento econômico e social da Amazônia, estão em andamento operações de dragagem no rio Madeira. Integradas ao plano de manutenção da hidrovia, o serviço abrange a travessia da BR-230, em Humaitá e o trecho entre as cidades de Porto Velho, em Rondônia, e Manicoré, no Amazonas. Desde 2017, a Diretoria de Infraestrutura Aquaviária do DNIT incluiu esses projetos em seu cronograma de dragagens regulares, monitorando pontos críticos para garantir a navegabilidade e mitigar os impactos das estiagens na região amazônica.


Os pontos críticos ao longo do rio Madeira incluem Tamanduá, Cujubim, Curicacas, Abelhas, Papagaios, Salomão, Costa São Paulo, Cintra, Miriti, Itapuru, Santa Cruz e Manicoré. Durante o período de julho a dezembro de 2024, a dragagem estará em operação para realizar a escavação, carga, transporte e descarga do material dragado, essencial para manter a profundidade do canal de navegação nos períodos de seca.


Durante o processo de dragagem, a embarcação é firmemente ancorada no leito do rio para garantir estabilidade, utilizando âncoras estrategicamente posicionadas. A lança equipada com um desagregador realiza a escavação do fundo do rio. O material desintegrado é aspirado pela bomba de sucção e transportado para as bombas de recalque no corpo da embarcação. A partir dessas bombas, o sedimento é conduzido por tubulações até áreas designadas para despejo.


O avanço da dragagem é contínuo, minimizando a necessidade de reposicionamento frequente por outras embarcações. Após cada ciclo de operação, ajustam-se as âncoras conforme necessário para otimizar a eficiência. Concluído o trabalho em um ponto crítico, o equipamento de dragagem é então deslocado para a próxima área identificada como prioritária.


Plano de Dragagem


No Amazonas, o DNIT está licitando o Plano de Dragagem de Manutenção Aquaviária (PADMA) e o Plano de Sinalização Náutica para assegurar a manutenção da navegabilidade nos trechos estratégicos dos rios, incluindo o Rio Amazonas (de Manaus a Itacoatiara) e o Rio Solimões (de Coari a Codajás, Tabatinga a Benjamin Constant, e Benjamin Constant a São Paulo de Olivença).


O investimento previsto para esse projeto de infraestrutura é estimado em cerca de R$ 500 milhões, destinados a um período de 5 anos. Esse montante será utilizado para a contratação de empresas que realizarão os serviços de dragagem e supervisão nos quatro trechos, assegurando a continuidade e eficiência das operações.


Atualmente, o processo está na fase de análise de propostas e documentação para o trecho do rio Amazonas, situado entre Manaus e Itacoatiara, cuja abertura ocorreu em 5 de julho de 2024, com a participação de 13 empresas. No dia 19 de julho, foi realizada a abertura das propostas para os trechos do rio Solimões entre Benjamin Constant e São Paulo de Olivença, enquanto as aberturas para os trechos Tabatinga a Benjamin Constant e Codajás a Coari, foram abertas nos dias 22 e 23 de julho, respectivamente e seguem em tramitação.


Este esforço contínuo é crucial para sustentar a infraestrutura aquaviária vital na região amazônica, essencial não apenas para o transporte, mas para o crescimento sustentável da economia local.

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Blog do Jucem Rodrigues
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