RÁDIO. O veículo merece acompanhar os tempos de hoje
- blogdojucem
- 28 de abr. de 2022
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Quem vive o rádio, seja como profissional ou como ouvinte, confirma o avanço que o veículo ganhou nos últimos anos. E não foram poucos. Apesar disso, há quem ignore o progresso desse veículo e, por incapacidade de avaliar essa importância, acabe impedindo que ele avance mais ainda nesses tempos de hoje.
O veículo aliou a si, o importante auxílio da tecnologia das mídias digitais, num reprocesso que o demonstra ser um instrumento de incrível mutabilidade. Adotou uma linguagem mais informal. Produz conteúdos aliados à realidade jornalística dos nossos dias. Ficou mais parceiro ao adotar o companheirismo como objeto de sua atenção. Com isso, consignou um percentual admirável de acessos.
Apesar desses avanços, há quem utilize o "velho sem fio" com uma linguagem muito retrógada, como se não tivesse assimilado o avanço do tempo. Emissoras há que pararam no tempo e vivem a repetir as velhas e cansativas fórmulas de programas, cujo conteúdo parece utilizar-se de uma máquina do tempo, para agregar valores e estilos considerados hoje em dia superados.
Quem se der ao trabalho de pesquisar vai ver que as mídias digitais ditam com supremacia o cardápio consumido pelo público de hoje em dia. Responsáveis pelo rádio, de onde a TV se apropriou de formulas como a novela e os noticiosos, precisam estudar esse fenômeno. Hoje, os ouvintes estão interessados em notícias. Informações. Fatos. Histórias para serem contadas de uma forma coloquial. O segmento "news" deu ao veículo uma dinâmica incrível. E reuniu em si jovens saidos dos cursos de Comunicação, com um capacidade revolucionária em termos de informação. Com isso, aproximaram mais ouvintes.
Ao mesmo tempo, pesquisas nacionais têm demostrado que o número de aparelhos de rádio desligados em nosso País chega a surpreender, a ponto de apenas um parcela de menos de 30 por cento acompanharem as emissões das emissoras AM. E ao longo dos anos, um universo de 70 por cento nunca foi alvo de preocupação dos produtores e diretores de rádio em saber o que eles desejam ouvir.
Um trabalho de conclusão de curso universitário, revelou que assuntos como horóscopo, por exemplo, perderam o interesse até do público mais maduro que acompanhava isso há 40 anos, quando ainda não tinha a visão de informação a que hoje detemos. Divulgação de receitas de bolo - até na tv elas têm uma fatia muito restrita -, é outro tema fora de ordem.
"Nunca se soube de alguma dona de casa que parasse em frente ao aparelho de tv, para em meio aos afazeres domésticos, fosse anotar as dicas, quanto mais no rádio, onde tudo evoluiu".
Infelizmente, alguns radialistas, programadores e produtores sem o viéis de formação jornalística, persistem nessa teimosia. E, por causa deles, o rádio vai perdendo ouvinte, já que todo produto de consumo, hoje em dia, passa pelo crivo da qualidade. Num tempo de mudanças, como esse que vivemos, fechar os olhos - a essa realidade, é estagnar no tempo e no espaço.
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