O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que no Amazonas vivem 2.705 quilombolas, o que representa menos de 0.10% da população total do Estado, que é de 3.941.175 milhões. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (27) pelo IBGE.
Os quilombolas, herdeiros dos escravos negros trazidos da África ao longo de 350 anos, se espalham no Amazonas, principalmente, pela calha do rio Negro, num espaço geográfico que vai de Manaus até os municípios de Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.
O Censo 2022 aferiu pela primeira vez o total de quilombolas no País, que hoje foram estimados em 1.327.802 pessoas, ou 0,65% do total de habitantes. Bahia, Maranhão e Minas Gerais são os três Estados com as maiores populações quilombolas.
O Censo também mostrou que os Territórios Quilombolas oficialmente delimitados abrigam 203.518 pessoas, sendo 167.202 quilombolas, ou 12,6% do total de quilombolas do país. Destaca-se, ainda, que apenas 4,3% da população quilombola reside em territórios já titulados.
Essa vida fora de territórios regularizados pelos órgãos fundiários é uma das características dos quilombolas no Amazonas, que só tem quatro comunidades reconhecidas oficialmente pelo Governo Brasileiro, por meio da Fundação Palmares:
O quilombo do Tambor, no município de Novo Airão;
Quilombo Ituquara, no município de Barreirinha;
Comunidade Sagrado Coração de Jesus do Lago de Serpa, em Itacoatiara;
Quilombo Barranco de São Benedito, em Manaus, no bairro da Praça 14, zona Sul.
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