A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado cancelou, nesta quarta-feira (20), a votação do polêmico projeto que autoriza o funcionamento de um cassino em cada estado do país. São 3 em São Paulo, Amazonas (2), Pará (2), Minas Gerais (2) e Rio de Janeiro (2).
Por não estar programada outra reunião do colegiado neste ano, a matéria só voltará à pauta da CCJ no retorno em fevereiro, quando termina o recesso parlamentar.
O projeto enfrenta resistência de uma frente parlamentar contra os jogos de azar e da bancada evangélica.
Integrante da frente, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) lembrou que a proposta foi aprovada “na calada da noite” na Câmara dos Deputados.
De acordo com ele, há a necessidade urgente de um debate mais amplo com a sociedade brasileira.
“Esse debate urgente a gente precisa fazer para conscientizar a população e os parlamentares sobre os reais perigos da legalização da jogatina no Brasil, entre eles: lavagem de dinheiro, evasão de receitas, tráfico, consumo de drogas ilícitas, corrupção, turismo sexual, compulsão e suicídio”.
Para o relator da matéria, senador Irajá (PSD-TO), o projeto terá efeito contrário. Pois permitirá que uma atividade econômica que já é praticada mesmo na contravenção, passe ao controle do Estado, “mitigando eventuais vínculos entre os jogos de azar e o crime organizado”.
Citando estatísticas sobre o mercado de apostas legais ou ilegais, Irajá conclui que “os jogos de azar já constituem uma atividade econômica relevante”.
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