Para aumentar o acesso, distribuição, armazenamento e tratamento de água nas comunidades ribeirinhas do Amazonas, a Coca-Cola Brasil e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), por meio do programa Água +Acesso, têm investido em soluções sustentáveis na região.
Criado em 2017 com investimentos da Coca-Cola Brasil e The Coca-Cola Foundation, com coordenação do Instituto Coca-Cola Brasil e em parceria com 15 ONGs, o programa tem o objetivo de contribuir para ampliar o acesso e tratamento de água para comunidades rurais de baixa renda e de difícil acesso no Brasil.
Para atingir o objetivo de viabilizar ou ampliar o acesso à água, o programa possui três modelos básicos de abastecimento: sistema de captação direta do rio; o sistema de poço artesiano e tratamento ultravioleta (UVB); e o sistema híbrido de captação e tratamento UVB.
Em 2022, duas novas localidades receberam ações do programa, que foi dividido em duas fases. Situadas dentro da Floresta Estadual de Maués, as comunidades Nova Jerusalém e Ebenezer foram as beneficiadas. Nelas, estão 112 ribeirinhos que passaram a utilizar um sistema de abastecimento de água tratada. O programa pretende chegar a 21 localidades até o final de 2024.
Entre as ações realizadas para ampliar o acesso e tratamento de água nessas duas comunidades, estão a manutenção de poços artesianos, com a limpeza qualificada e a implementação de sistemas de tratamento de água que serão capazes de eliminar características indesejadas como odor, ferro, manganês e metais pesados. Também foram instalados aproximadamente 1,5 mil metros de redes de distribuição primária e secundária, dois sistemas de energia solar para captação, armazenamento e distribuição de água oriundos dos poços artesianos, e construídas 13 infraestruturas residenciais para o armazenamento de água.
O diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil, Victor Bicca, destaca que aumentar o acesso à água segura, ao saneamento e possibilitar a adaptação climática, com objetivo de impactar principalmente mulheres, é uma estratégia global da companhia. Com o Água +Acesso, a Coca-Cola Brasil e os parceiros do programa conseguem fazer chegar, principalmente nas comunidades remotas da Amazônia, a água tratada e segura. “Em muitas regiões a água não tratada é um vetor de doenças e infecções que podem resultar em graves problemas de saúde. Investir em soluções sustentáveis que conversem com o dia a dia das populações ribeirinhas e com as necessidades geográficas dessas comunidades remotas é mudar esse cenário. Faz parte do compromisso da companhia com o Amazonas, em fortalecer o desenvolvimento regional e ajudar a diminuir as desigualdades locais, principalmente daqueles que mantém a floresta de pé”, afirma.
Para a superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, Valcléia Solidade, o programa garante a melhoria da qualidade de vida em diversos âmbitos, principalmente em comunidades que não possuem energia elétrica 24 horas por dia e estão localizadas em lugares remotos do estado.
“Com esse programa, nós temos a possibilidade de melhorar a saúde dos comunitários, uma vez que muitas doenças têm como principais vetores a má qualidade da água. O programa também facilita o acesso à água por meio de sistemas de captação movidos a energia solar e, ao trazê-la para mais perto de casa, é possível melhorar a qualidade de vida das mulheres, crianças e idosos que costumam despender a maior parte do tempo somente na coleta de água para as atividades do dia a dia”, explica a superintendente.
Água e guaraná
As duas comunidades participantes do programa Água +Acesso também integram o programa Olhos da Floresta. Presente em 17 municípios do Amazonas, o Olhos da Floresta é um programa da Coca-Cola Brasil em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal Agrícola (Imaflora) que incentiva a cadeia do guaraná no Estado.
O especialista em agricultura sustentável da Coca-Cola Brasil no Amazonas, o agrônomo João Carlos dos Santos, que atua diretamente com a assistência técnica para essas famílias, destaca que as ações são integradas e levam empoderamento econômico e infraestrutura social para as regiões onde opera.
“No dia a dia dessas famílias percebemos suas necessidades para além do campo e da assistência técnica de cultivo. É por isso que os produtores dessas comunidades foram inseridos dentro dos beneficiários do Água +Acesso. Pois entendemos que não há impacto social na vida dos homens da floresta apenas levando empoderamento econômico. É preciso olhar com mais atenção para outras necessidades e mesmo na Amazônia a água tratada se faz urgente”, explica Santos.
Gestão participativa e empoderamento
Para trazer benefícios a longo prazo, o programa Água +Acesso prioriza a participação ativa das comunidades atendidas. Para isso, as famílias participam de treinamentos e capacitações para gestão dos sistemas de acesso e distribuição.
Durante as ações os comunitários ajudam na limpeza dos poços, na instalação dos painéis solares e das estruturas de armazenamento de água nas residências. Ao final, as comunidades também recebem treinamento para as lideranças de cada local, reforço das instruções de uso e manutenção dos sistemas, elaboração do termo de regimento de uso dos bens e participam de pesquisas de satisfação. Ao todo, 36 pessoas já receberam esta capacitação, entre eles três mulheres e três jovens.
No próximo ano, outras duas novas comunidades na Floresta Estadual de Maués serão beneficiadas pelo programa Água +Acesso. São elas, Laranjal e São João Batista Parauari.
Sobre o Programa Água + Acesso
Desde 2017, o Água + Acesso reúne empresas, institutos e organizações da sociedade civil para implementarem projetos que levem o acesso à água segura e de forma sustentável em áreas e comunidades rurais de todo o Brasil. No Amazonas 1.186 famílias e mais de 6.000 pessoas de 35 comunidades ribeirinhas já foram beneficiadas. Por ano, o programa contribui com o tratamento e acesso de mais de 1,6 bilhão de litros de água tratada fornecida para mais de 390 comunidades de 10 estados brasileiros, volume suficiente para abastecer durante um ano uma cidade com 44 mil habitantes.
A aliança é formada pelo Instituto Coca-Cola Brasil, Fundação Avina, World-Transforming Technologies – WTT, Instituto Iguá, Trata Brasil, Cáritas Diocesana, Fundação Amazônia Sustentável – FAS, Central de Associações Comunitárias para Manutenção dos Sistemas de Saneamento de Seabra, Sistema Integrado de Saneamento Rural – Sisar, Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento – CPCD, Saúde e Alegria, Associação dos Produtores Rurais de Carauari – Asproc, Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) de diferentes setores que atuam com projetos e iniciativas integradas em torno de três grandes frentes: infraestrutura para o acesso e tratamento, modelos de gestão comunitária da água e integração e fortalecimento do ecossistema.
Sobre o Instituto Coca-Cola Foundation
A Fundação Coca-Cola é o principal braço filantrópico internacional da The Coca-Cola Company. Desde sua criação, em 1984, concedeu mais de US$ 1,4 bilhão em doações para apoiar iniciativas comunitárias sustentáveis em todo o mundo.
Sobre a Coca-Cola Brasil
O Sistema Coca-Cola Brasil atua em cinco grupos de bebidas — colas, sabores, hidratação, nutrição e emergentes — com uma linha de 260 produtos, entre sabores regulares e versões sem açúcar ou de baixa caloria. Composto por nove grupos de fabricantes franqueados, o Instituto Coca-Cola Brasil, mais Verde Campo e a parceria com Leão Alimentos e Bebidas, o Sistema emprega diretamente 56,6 mil funcionários. A empresa aposta em inovação para ampliar seu portfólio e atingir o objetivo de destinar corretamente o equivalente a 100% de suas embalagens até 2030. A Coca-Cola Brasil trabalha para oferecer cada vez mais opções com menos açúcar adicionado e no incentivo a iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua.
Sobre a FAS
Fundada em 2008 e com sede em Manaus/AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil e sem fins lucrativos que dissemina e implementa conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável, contribuindo para a conservação da Amazônia. A instituição atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias. Por meio da valorização da floresta em pé e de sua sociobiodiversidade, a FAS desenvolve trabalhos que promovem a melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas da Amazônia.
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