Em greve há mais de uma semana, os professores da rede estadual de ensino lembraram hoje das famosas marchas da década de 80, quando chegaram a ser espancados pela Polícia ao protestar na avenida Sete de Setembro, nas proximidades do Palácio Rio Negro, que era a sede do Governo Estadual. Hoje eles foram surpreendidos com a presença de tropas de elite da Polícia Militar ao chegarem à Assembleia Legislativa para realizar ato público em que pedem a manutenção da reunião agendada para hoje com representantes do Estado para tentar definir o valor do reajuste.
“Não entendo por que a Polícia colocou um contingente tão grande para nos recepcionar hoje. Todas as nossas manifestações até aqui foram pacíficas e não temos a menor intenção de radicalizar a ponto de ameaçar os deputados ou os prédios públicos”, disse a professora Antonia Marques, presente na manifestação.
Os professores e demais trabalhadores da educação pedem 25% de reajuste e a greve está sub-judice, já que o desembargador Domingos Chalub a proibiu. Mesmo assim, eles mantêm o movimento, já pararam quase todas as escolas de Manaus e tiveram a adesão de 54 municípios do interior.
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa tenta intermediar a situação, mas o Governo do Estado endureceu e disse que só volta à mesa de negociação se a greve for suspensa.
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