Assembleia dos trabalhadores da educação realizada na manhã de hoje rejeitou a contraproposta do Governo do Estado aos professores e demais funcionários em greve – de 8% de reajuste agora, mais 6% apenas em julho do ano que vem. Ao mesmo tempo a Justiça bloqueou as contas do sindicato e de todas as representações dele no interior e também autorizou o desconto das faltas dos trabalhadores em greve, o que acirrou ainda mais os ânimos.
Os salários de maio vieram com o desconto das faltas. Na reunião de ontem na Assembleia Legislativa o secretário de Governo, Sérgio Littaif, acenou com o abono e a reposição do dinheiro, caso a greve fosse encerrada. Ao contrário disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) está pedindo a doação de cestas básicas para os trabalhadores que tiveram os maiores descontos, como forma de sobrevivência.
O Sinteam vai retornar à mesa de negociação para informar o resultado da assembleia. Há uma reunião agendada para amanhã na Assembleia Legislativa.
Outra decisão tomada hoje é que haverá recurso ao Supremo Tribunal de Justiça em defesa dos trabalhadores da educação, contra as decisões tomadas pela Justiça local.
O Sinteam informa que irá recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) emitida pela desembargadora Joana dos Santos Meireles, nesta manhã, que indeferiu o pedido de suspensão do descontos salariais do profissionais da educação do Amazonas e autorizou o bloqueio das contas do sindicato em R$ 210 mil.
O Sinteam já entrou com o recurso quanto à suspensão do movimento grevista e aguarda o período estabelecido para análise.
O sindicato reafirma que cumpriu todos os ritos da greve e que a data-base salarial é um direito do servidor garantido em lei.
A situação fica cada vez mais dramática e a adesão à greve aumenta na medida em que o Governo endurece as negociações.
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