Professores da rede municipal de educação de Uarini estão há três meses sem receber o pagamento salarial, segundo denúncia dos trabalhadores do município ao Portal AM1.
No início de março, a prefeitura anunciou a realização de um Processo Seletivo que visava, de acordo com publicação, a contratação de 202 professores para atuação na zona urbana e rural, com salários de R$ 1.312,00 a R$ 1.443,12.
Conforme os educadores, eles foram contratados em março, mas, desde então, receberam somente neste mês de junho e, além disso, um valor inferior ao salário que foi acordado entre eles e a secretaria de educação do município.
“Começamos a trabalhar dia 27 de março. Eu trabalho pelo município e aqui ele [prefeito] passa seis meses sem pagar os funcionários”, relatou uma educadora.
Segundo ela, a maioria dos colegas têm medo de denunciar a situação por temer “pegar as contas”, pois quem se dispõe a fazê-la corre o risco de ser demitido e, ainda, não receber pelos meses trabalhados.
Os trabalhadores, ainda, afirmam que o prefeito vive “luxando”, mas não dá nenhuma satisfação sobre uma data para fazer o pagamento deles, o que os deixa mais “indignados”.
“No meu caso, que sou concursado, vou para o segundo mês sem receber. Referente a minha cadeira do processo seletivo já vai completar três meses sem receber também”, relatou um outro servidor.
O professor relatou que alguns colegas dele já estão deixando o cargo e procurando outras fontes de renda, como a roça ou qualquer outro ganho “que traga sustento para família”. Por conta da saída desses educadores, em algumas escolas existem turmas sem aula.
“Está muito complicado. Os alunos estão perdendo muito na questão do aprendizado pois com salários atrasados ficamos desestimulados e psicologicamente afetados também. A maioria só tem essa renda para levar comida para casa, se não tem salário, não tem como comprar alimento”, lamenta.
Prefeitura
Procurado pela reportagem, o prefeito Antônio Uchôa negou que haja qualquer tipo de atraso no pagamento dos professores da cidade. “Não existem atrasos”, disse.
No entanto, uma moça, que se identificou como chefe de gabinete da prefeitura, disse que “houve uma falha no sistema da folha de recursos humanos, resultando no não pagamento do salário de uma minoria de servidores, mas que estes já foram devidamente sanados”.
Até esta quarta-feira (21), os mesmos funcionários relataram que continuam com os salários em atraso.
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