Neste “Julho Laranja”, mês de conscientização focado na importância da ortodontia preventiva em crianças, a Prefeitura de Manaus reforça o papel das famílias e da comunidade escolar nos cuidados iniciais voltados à saúde bucal infantil. Coordenada na capital pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a iniciativa vem mobilizando responsáveis, pais e educadores em ações de promoção e educação em saúde nas creches municipais participantes do Programa Saúde na Escola (PSE).
Desde o início do mês, as equipes da Semsa Manaus vêm realizando ações de educação e promoção da saúde bucal nas 22 creches municipais aderidas ao PSE, com a participação não só das crianças, como de pais, professores e trabalhadores da educação. As ações, que têm como público prioritário crianças de 0 a 2 anos, incluem rodas de conversas com os pais sobre cuidados para a prevenção de problemas bucais e atividades lúdicas com as turmas infantis e professores.
“O envolvimento da comunidade escolar, das creches, é fundamental para que a gente possa informar aos pais e professores sobre a importância dos cuidados precoces que devemos ofertar para nossas crianças da primeira infância”, salienta a chefe do Núcleo do PSE da Semsa, assistente social Giane Sena, ressaltando que a promoção da saúde bucal é um dos eixos temáticos do programa intersetorial.
Giane aponta ainda que as ações contribuem para fortalecer o vínculo das famílias dos alunos com a unidade básica de saúde. “O PSE traz essa proposta contemporânea de linha de cuidado que vai para além da escola, pois precisamos fortalecer nosso território”, afirma.
Ao lado de ações regulares de promoção da saúde bucal realizadas ao longo do ano nas unidades de educação infantil participantes do PSE, o “Julho Laranja” da Semsa vem reforçando orientações aos pais sobre cuidados precoces de ortodontia preventiva, com foco na prevenção de hábitos como sucção de dedo e uso de chupetas e mamadeiras, que podem afetar o desenvolvimento da arcada dentária infantil.
“São hábitos que começam desde bebê, e quando a criança está com cinco, seis anos de idade, já apresenta arcada dentária alterada e precisa usar aparelho, precisa de intervenção e encaminhamento para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)”, assinala a técnica da Gerência de Saúde Bucal da Semsa, cirurgiã-dentista Rebecca Rosas.
Conforme Rebecca, a adoção de cuidados para evitar os costumes indesejados pode até reverter um curso de desenvolvimento anormal da arcada infantil, capaz de levar à má oclusão dentária, isto é, a alteração no “encaixe” entre dentes superiores e inferiores. Esta, por sua vez, pode levar a problemas como dores de cabeça, desgaste e até perda de dentes.
“Em alguns casos, apenas com a orientação dos pais para remover o hábito, o problema se autocorrige”, aponta a especialista.
Giane Sena lembra que problemas de saúde bucal podem ter impacto no desempenho escolar, bem como na qualidade de vida e bem-estar da criança, o que reforça a necessidade de se estreitar laços entre equipes de saúde, famílias e comunidade escolar.
“Esse trabalho intersetorial com o apoio da escola, portanto, é fundamental para que a gente possa garantir a saúde integral para as nossas crianças”, conclui.
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