top of page

Polêmico refúgio construído por ex-senador pelo Amazonas está abandonado depois de longa disputa judicial

  • blogdojucem
  • 5 de mar.
  • 2 min de leitura

A Ilha das Cabras, em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, ocupada há décadas pelo ex-senador e empresário Gilberto Miranda, que construiu uma espécie de resort particular no local, está abandonada. O local voltou a ser área pública — patrimônio ambiental da União —, e faz parte do Parque Estadual de Ilhabela, após um acordo entre a empresa dele e o Ministério Público Federal. A batalha judicial pela desocupação do local durou cerca de 33 anos e foi liderada pelo Ministério Público Federal e pela promotoria de SP.


O MPF e o MPSP conseguiram que fosse cancelada a autorização, ou inscrição, para a ocupação da ilha pela empresa Bougainville Participações e Representações, que pertence a Miranda. O acordo final foi firmado esta semana e homologado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.


O terreno da ilha foi transformado num luxuoso refúgio de praia do ex-senador, com casa de veraneio, heliporto e garagem para jet-skis, tudo construído irregularmente. No acordo, o empresário se comprometeu a pagar uma indenização referente aos danos causados por conta de obras sem autorização.


Não se tem notícia sobre o pagamento da indenização desde 2022, quando foi celebrado o acordo.


Quem é Gilberto Miranda


Advogado formado no Centro de Ensino Unificado de Brasília e pós-graduado em Engenharia Econômica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, chegou ao Amazonas em 1974 como representante da multinacional sueca Facit. Dedicando-se ao ramo das importações e exportações dadas as cercanias da Zona Franca de Manaus, tornou-se empresário. Estreou na política como representante do governo amazonense na cidade de São Paulo a partir de 1983 por escolha de Gilberto Mestrinho, ingressou no PMDB e foi eleito primeiro suplente de senador na chapa de Carlos Alberto de Carli em 1986, exercendo o mandato quando o titular assumiu o cargo de secretário para Promoção do Desenvolvimento pelo governador Vivaldo Frota, em 1990. Primeiro suplente de senador na chapa de Amazonino Mendes em 1990, foi efetivado quando este foi eleito prefeito de Manaus em 1992. Sua derradeira incursão política ocorreu em 1998 ao eleger-se segundo suplente do senador Gilberto Mestrinho.


Atualmente com 77 anos, ele vive recluso em São Paulo. Seu irmão, Egberto Batista, que foi secretário do Desenvolvimento Regional da Presidência da República no Governo Collor, tornou-se figura sempre presente nas eleições amazonenses.

Comentarios


Los comentarios se han desactivado.
Blog do Jucem Rodrigues
  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube
  • Twitter

Blog do Jucem © 2022

bottom of page