Uma criança, de 4 anos de idade, morreu na noite dessa quarta-feira (31), atropelada por um pastor, na rua São Lázaro, bairro Distrito Industrial II, zona Leste de Manaus.
Segundo informações do sargento Alison, da 4ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), a criança e a mãe estariam no carro de um pastor, que não teve o nome revelado, voltando de um culto em outro bairro. O pastor teria oferecido carona até a casa da mulher.
“Essa criança estava dentro do veículo se deslocando da igreja para casa e, após desembarcar do veículo, o pastor efetuando uma manobra, acabou não visualizando a criança e a atropelou”, disse
Ainda conforme o sargento, o pastor fugiu do local. “Ele [pastor] se evadiu do local, com receio de linchamento da população e a gente está buscando informações sobre a residência dele, mas relataram que ele vai se apresentar no 4º DIP por espontânea vontade”, disse o sargento ao Portal AM1.
“O pastor congrega em outras igrejas, e ele tem, como hábito, levar a comunidade para outros lugares aqui próximo. Como a mãe da criança é a última passageira a desembarcar, aconteceu essa situação de ocasionar esse atropelamento”, contou o sargento.
Revolta
Após a constatação por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de que a criança estava morta, o pai da menina, que não teve o nome revelado, ameaçou o pastor.
“Ela só tem quatro anos. Eu sempre falava para a minha mulher: não vai para essa igreja – não me dou. Tô desviado da igreja, passei por muita coisa na minha vida, mas sempre Deus falava pra mim assim: não deixa a tua mulher ir. A minha filha só tinha quatro anos, ela gostava de brincar, todo mundo gostava da minha filha… E agora, a vida da minha filha, quem vai trazer? Eu quero tu morto, pastor, eu não quero tu preso não, como fizeram com o safado do Romero, eu quero tu morto”, afirmou o pai, revoltado.
O pai da criança fez referência ao “caso Débora”, jovem grávida, de 18 anos, que foi assassinada e teve o filho tirado da barriga. O suspeito do crime, Gil Romero Machado, de 41 anos, foi preso no dia 8 de agosto, em Curuá, cidade localizada no Oeste do Pará.
Débora desapareceu no dia 29 de julho na rua Filadélfia, bairro Gilberto Mestrinho, quando teria saído de casa para encontrar Gil, que teria prometido a ela dar um dinheiro para ela comprar um berço para o bebê.
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