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Parlamentares criticam Marina novamente por impedir pavimentação na BR-319



Políticos do Amazonas voltaram a criticar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), pelo impasse na pavimentação da BR-319, que liga o estado ao restante do país. O deputado Capitão Alberto Neto (PL) chegou a chamar a ministra de “inimiga” do Amazonas.


As críticas ocorreram na noite dessa terça-feira (26), durante e após uma reunião da bancada amazonense com ministros para discutir a situação do estado, afetado pela seca, que nesse período deixa os ribeirinhos em situação precária por conta da estiagem dos rios, principal meio de locomoção dos amazonenses.


Alberto Neto, que é crítico da ministra desde que ela assumiu a pasta de Meio Ambiente e faz cobranças pela liberação da BR-319, lembrou da época da pandemia da Covid-19 em que “os caminhões carregados com oxigênio não conseguiam passar pela estrada devido à situação lamentável que se encontra”.


“Hoje o nosso povo padece, ministra Marina, padeceu na pandemia. Vocês viram as imagens, os horrores dos caminhões tentando chegar na cidade de Manaus e muitos morreram por causa disso. Muitos morreram por causa dessa política ambiental, desmedida, xiita que tem isolado o povo do Amazonas”, reclamou o político.

Neto afirmou, ainda, que o Amazonas é a região mais cobiçada do Brasil, porém, é a região mais pobre dele, porque permanece isolada do restante do país sem a estrutura necessária para transporte terrestre, no caso, a BR-319.


O senador Omar Aziz (PSD), que também criticou Marina, ressaltou que a seca deste ano pode ser uma das maiores do estado, com isso, a população pode ficar sem o abastecimento de alimentação e combustíveis e outros itens.


“Pois eu declaro que, se algum amazonense passar fome, a culpada é a senhora, ministra Marina Silva; que por vaidade não permite a recuperação da BR-319 e sentencia o Amazonas ao isolamento”, criticou.

O senador Eduardo Braga (MDB) disse que foi impossível segurar a revolta de ver o que a estiagem está fazendo com o povo amazônida e, ao mesmo tempo, a situação intrafegável da BR-319. Braga afirmou, ainda, que a rodovia, se tivesse condições de trafegar, amenizaria os impactos da seca no estado. Para ele, a não pavimentação da BR-319 significa “estar condenado ao isolamento”.


“Se o único acesso terrestre entre a capital amazonense e o resto do Brasil estivesse devidamente asfaltado, como reivindicamos há muito tempo, não veríamos milhares de amazonenses enfrentarem tantas dificuldades sociais, econômicas e ambientais, que acabam se agravando em função da seca”, também criticou o parlamentar.

O senador também ressaltou que a culpa do não avanço da rodovia se dá por uma série de entraves ambientais, principalmente, além da retirada da recuperação desta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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