Calçadas para mercadorias, pedestres na rua e veículos ocupando qualquer espaço vago sem deixar nem um corredorzinho para a circulação de pessoas. Esse é o cenário na rua comercial Brigadeiro Hilário Gurjão, no Jorge Teixeira, bairro da zona leste de Manaus. Conhecida como “Fuxico”, o local é uma bagunça e a futrica no trânsito é incessante.
Após anos nesse mexerico, a Prefeitura de Manaus quer acabar com a balbúrdia. A missão é do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) que elabora um plano para organizar o Fuxico. O IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) definirá áreas de estacnionamento.
Pedro Paulo Cordeiro, diretor-geral do Implurb diz que, além de delimitar áreas de estacionamento, retirar mercadorias das calçadas e definir locais de embarque e desembarque, a sensibilidade de comerciantes e consumidores é decisiva. Sem educação de ambos, o Fuxico se mantém como é: desorganizado.
“Sabemos que na rua do Fuxico a movimentação é grande, principalmente das cargas e descargas de caminhões em frente às lojas que ocasionam congestionamento. Mas já fomos até o local para avaliar o trânsito e vamos tentar resolver através de uma operação que está em andamento”, disse Edson Leda, vice-presidente de Trânsito do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana). Mobilidade no Fuxico, aliás, exige habilidade para driblar carros, carrinhos de carga e fardos de produtos.
Comerciantes admitem que o cenário pode melhorar. A gerente de uma loja disse que se tivesse um horário específico para a carga e descarga das mercadorias não atrapalharia tanto o trânsito na área. Ela diz que falta bom senso aos motoristas, que estacionam em frente às lojas, geram fila dupla e travam o trânsito.
“Nas vezes que venho aqui é sempre muito movimentado, e como é uma área comercial deveriam fiscalizar para que não tivesse esses problemas para a população”, disse Douglas Gonçalves, que faz compras frequentes no local.
Tanto IMMU quanto Implurb ainda não definiram como será o plano para “desfuxicar” o Fuxico. Mas comerciantes e consumidores terão que colaborar. Com a delimitação de estacionamentos e a retirada de mercadorias das calçadas, a fiscalização deixará de conscientizar para multar.
A situação é idêntica na Rua dos Barés, no Centro. Caminhões usam duas faixas para carga e descarga. Sobra apenas uma para o tráfego de veículos. A ocupação indevida da rua ocorre o tempo todo no horário comercial.
“Os caminhões atrapalham porque estacionam dos dois lados e não tem como os carros passarem na via, agora é rever isso para que tenha um jeito de direcionar um local e horário para a carga e descarga senão o fluxo vai ser sempre intenso”, disse Francisco Sampaio, balconista de loja.
Com o plano de reordenamento do IMMU e Implub, a fuxicada nas ruas comerciais de Manaus está com os dias contatos.
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