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Operação destrói 70 balsas, 18 aviões e 12 helicópteros na terra ianomâmi

  • blogdojucem
  • 10 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, disse nesta quarta-feira (10), em audiência no Senado, que a operação integrada de oito ministérios resultou na inutilização de diversos equipamentos usados pelo garimpo ilegal na terra indígena dos ianomâmis, localizada no Amazonas e Roraima.


Além do bloqueio de R$ 138 milhões do garimpo ilegal e apreensão de 13.735 quilos de cassiterita, foram inutilizados na região 70 balsas, 18 aviões, 12 helicópteros, 12 embarcações, 169 motores, 33 geradores de energia, 327 acampamentos e dois portos de apoio logístico desmobilizados.


Também foram efetuados 40 mandados de busca e apreensão e 43 de prisão.


Contudo, a ministra disse que a situação na região ainda é difícil, pois há resistência de garimpeiros e integrantes de facções criminosos em deixar o local.


Nesta terça-feira (9), também no Senado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que 80% do trabalho de desintrusão já foi concluído.


“Nós queremos sempre o caminho conciliatório, mas obviamente quando é necessário usar a força, eventualmente, nós temos essa possibilidade. Infelizmente, nós temos momentos em que o poder coercitivo do estado é necessário”.


Respeito aos direitos


Guajajara afirmou que os direitos constitucionais dos ianomâmis precisam ser respeitados.


“Precisaremos do envolvimento e do compromisso conjunto dos entes federativos: União, estados e municípios, numa perspectiva de corresponsabilidade”.


Trata-se, de acordo com a ministra, de cada um assumir os respectivos papéis nessa grande tarefa de zelar pelos povos indígenas.


“Para além de procurarmos culpados, precisamos sentar, dialogar, ceder, pactuar e, acima de tudo, assumirmos o compromisso sincero pela proteção da vida”, cobrou.



Negligência


A ministra disse que situação encontrada na região é resultado da ausência e da negligência do Estado.


Entre os problemas encontrados na região, ela citou: uso abusivo de álcool e outras drogas; formas de violência associadas ao consumo dessas drogas e bebidas; tráfico de armas e acirramento dos conflitos sociais; violência sexual e aliciamento de meninas e mulheres da etnia ianomâmi; insegurança alimentar; precarização da convivência familiar e comunitária; além da identificação de trabalho em condições análogas à escravidão.


Na região, a integração das oito pastas gerou ações efetivas e urgentes, como a instalação do centro de operação de emergência em saúde pública, a instalação do comitê nacional para o enfrentamento a desassistência sanitária da população no território como a articulação de uma estrutura física e logística para oferecer essa atenção.


Com informações da Agência Senado


Foto: divulgação/PF/Agência Brasil

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