O que faltava agora o AM já tem: PF identifica milícia de policiais atuando no transporte, manipulação e venda de ouro extraído ilegalmente
- blogdojucem
- 20 de mar.
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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 19/3, a Operação Ourives, que investiga grupo criminoso formado inclusive por policiais que atua na comercialização ilegal de ouro extraídos de garimpos clandestinos da Amazônia Legal. A investigação realizada pela Polícia Federal apontou que os alvos da operação cooptavam ourives para manipular e revender ouro oriundo de atividades ilegais realizadas nas cidades de Boa Vista/RR, Humaitá/AM, Japurá/AM e São Gabriel da Cachoeira/AM. O ouro chegava na capital em embarcações fluviais, caminhões rodoviários e aeronaves, por meio de agentes da segurança pública estadual, vistos como facilitadores, que garantiam o fluxo constante da carga ilícita para o mercado.
Dentro da organização criminosa, os agentes de segurança pública estadual eram responsáveis por fornecer o ouro obtido ilegalmente e coordenar a sua distribuição com os intermediários, participantes ativos da rede criminosa – ourives e empresários. Foi constatado que esses indivíduos operavam sob uma estrutura bem definida, com divisão de tarefas e uso de empresas de fachada para facilitar a alta movimentação financeira e disfarçar as transações ilegais. É o que se chama de milícia.
Diante das provas reunidas, a medida cautelar de busca e apreensão, serve para coletar mais evidências e interromper a atividade criminosa. A investigação segue em andamento, com o objetivo de desmantelar a rede de comercialização ilegal de ouro e responsabilizar criminalmente os envolvidos, tanto no setor público quanto no privado.
Foram mobilizados 17 Policiais Federais para o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão na cidade de Manaus/AM.
Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de obtenção de financiamento mediante fraude, sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes correlatos. A soma das penas previstas para os delitos investigados pode alcançar até 33 anos de reclusão.
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