O governo Lula tem travado nomeações de segundo escalão para negociar com partidos, o que tem deixado seus aliados no Amazonas insatisfeitos por causa principalmente da demora em escolher o novo superintendente da Zona Franca de Manaus. Eles alegam que nomes ligados ao bolsonarismo e a caciques do Centrão seguem ocupando cargos estratégicos por causa da postura do Planalto. O blog apurou que cargos como secretarias e diretorias de estatais só deverão ser definidos após tratativas, que incluem a eleição dos presidentes do Senado e da Câmara, por exemplo.
A ideia do Palácio do Planalto é atrair legendas que ainda resistem em aderir à base aliada do petista, como o Republicanos, comandado no Amazonas pelo deputado Silas Câmara, e a União Brasil do governador Wilson Lima. Os dois podem acabar tendo voz ativa na indicação do superintendente e dos adjuntos, mesmo tendo apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.
A aposta inicial era de que o senador Omar Aziz (PSD) indicaria os nomes, mas até agora ele não conseguiu avançar na negociação e foi obrigado a ouvir o ministro cuja pasta comanda a Suframa, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), sugerir a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que seria um golpe de morte na Zona Franca, já tentado recentemente pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes.
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