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Movimento Conservador do Amazonas mantém motociata bolsonarista em Manaus após decreto do IPI


O Movimento Conservador do Amazonas afirmou que está mantida a motociata bolsonarista marcada para este domingo, 1º de maio, Dia do Trabalhador. A confirmação ocorre após o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinar dois decretos que retiram a competitividade da Zona Franca de Manaus, principal polo econômico de sustentação do Amazonas. A medida foi publicada na noite desta quinta-feira (28).


“O ato está mantido sim, a situação dos decretos não influenciam [no evento], pelo contrário, nós estamos unidos para que o Amazonas esteja enfrentando essa situação com altivez. Temos que olhar para a nossa região de uma forma totalmente diferente, nós temos o território mais rico do Brasil, quiçá do mundo e há décadas vivemos isolados e dependentes da Zona Franca”, afirma o líder do movimento, Sérgio Kruke.


O ato ocorrerá às 16h com saída na Bola do Produtor, Zona Leste de Manaus. Além de Sérgio, também estarão presentes o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) e o pré-candidato ao Senado, Coronel Menezes, que é ex-titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).


Kruke reconhece que os decretos geram perdas à Zona Franca de Manaus, mas confia que as exceções prometidas por Bolsonaro ao governador Wilson Lima (União Brasil) poupam o Polo Industrial. “O presidente foi eleito para diminuir os impostos no Brasil, é promessa de campanha e ele está fazendo isso, tirando das costas do brasileiro uma carga tributária tremenda”.


Preocupação


Não é o que dizem economistas e representantes do Polo Industrial de Manaus. Em entrevista , o vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, disse que os decretos são uma ameaça direta aos empregos da Zona Franca.


“É lamentável. Quando você zera [o IPI] é um risco muito grande pra nós da Zona Franca de Manaus porque o setor de concentrados é um setor que gera empregos no interior. A maior atividade geradora de emprego dele está exatamente nos interiores (Presidente Figueiredo, Maués). Já foram embora daqui a Pepsi Cola, a Heineken... Mas de qualquer forma, isso é um risco muito grande dada a nossa infraestrutura precária, isso tudo contribui para que a gente fique sem condições de competir com o restante do país ou mesmo o exterior. Então, é lamentável que isso aconteça”, pontuou.

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