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Morte de estudante de 10 anos, espancado por colegas de escola pública, gera debate sobre violência no ambiente escolar

A morte do estudante Luiz Eduardo Arcanjo Cordovil, 10 anos, aluno da Escola Municipal Doutor João Queiroz, localizada no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, está gerando intenso debate sobre a violência no ambiente escolar .A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), lamentou o ocorrido, mas disse que o episódio aconteceu no domingo (04), fora do estabelecimento de ensino. O motivo do espancamento, segundo familiares, foi que a vítima se negou a fazer a tarefa de classe de um colega.


“A Semed esclarece que nenhum fato foi registrado pelas câmeras de segurança da unidade escolar, e que, ao ser informada da situação, deu total apoio à família com transporte e providenciando o auxílio funeral. A Semed ressalta que trabalha, durante todo o ano letivo, ações de combate à violência em todas as etapas e modalidades de ensino, com apoio de psicólogos e assistentes sociais. Nada se compara à perda de um filho, e a Prefeitura de Manaus se coloca à disposição para colaborar com as investigações das autoridades competentes”, diz a nota oficial distribuída pela Prefeitura.


Na manhã de hoje o subsecretário de Gestão Educacional, Júnior Mar, acompanhado de assessores pedagógicos que coordenam projetos de ações de combate à violência e ao bullying na rede municipal de ensino, estiveram reunidos com os pais e responsáveis dos estudantes atendidos pela escola municipal Dr. João de Queiroz, onde ouviram relatos sobre a direção da unidade.


Em conversa, ficou acordado que, nesta quinta-feira, 8/8, será realizada outra reunião com a participação de mais pais/responsáveis, já que a escola atende mais de mil alunos. A Semed prioriza pela a segurança dos estudantes e de toda comunidade escolar.


Na sessão plenária de hoje na Assembleia Legislativa do Estado o deputado Comandante Dan (Podemos), ex-comandante da Polícia Militar do Amazonas, disse que a rede escolar está inserida no contexto de uma sociedade violenta, a partir das famílias e, por isso, as unidades educacionais refletem essa insegurança. Ele afirma que a prevenção e o combate à violência nas escolas exigem ações coordenadas e continuadas. “Não basta apenas de tempos em tempos os fatos serem reportados, mas é necessária uma ação planejada, coordenada e intermitente”, afirmou.


O parlamentar também citou a invasão de homens armados ao Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Engenheiro Sérgio Alfredo Pessoa, localizado no bairro Cidade de Deus, zona Leste, no horário de saída, com a finalidade de roubar o local de ensino.


“Estamos trabalhando num plano piloto de segurança à Escola Estadual Francisca Paula de Jesus Isabel, na zona Norte de Manaus, que servirá de modelo para a regulamentação da lei e à aplicação em outras unidades educacionais. Também estamos ativando a frente parlamentar”, declarou o Comandante Dan, que considera que a violência escolar tem mais visibilidade na capital, mas que também incide no interior.


O vereador Capitão Carpê (PL) disse hoje na Câmara Municipal que quer saber se houve omissão da gestão da unidade. “Precisamos saber o que houve de fato nesse incidente trágico. Estamos falando de uma criança que perdeu a vida e estava sob responsabilidade da Prefeitura quando entra na escola. O que a gestão está fazendo pra previnir casos futuros?” questionou.


Carpê também levantou a importância de políticas voltadas para a prevenção ao bullying, possível motivação do caso.


Na discussão, os vereadores foram unanimidade no apoio ao requerimento, que aprovado com a totalidade dos presentes.

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