Durante visita oficial do Governo Federal à Tabatinga (distante a 1.108 quilômetros de Manaus), na terça-feira (9/4), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, confirmaram a viabilidade econômica do eixo Manta-Manaus e anunciaram medidas que vão permitir que a nova rota opere antes do fim do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O eixo Manta-Manaus foi um dos cinco projetos prioritários de integração escolhidos pelo Governo Federal, que contam com previsão de investimento total de 10 bilhões de dólares, com recursos assegurados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para que a rota possa de fato funcionar, será necessário o alfandegamento do porto de Tabatinga, para ser possível realizar as operações de importação e exportação, a sinalização da hidrovia e a dragagem do rio Solimões, para garantir a navegabilidade durante o ano.
A ministra Simone Tebet garantiu que o projeto é factível e que haverá um esforço integrado junto ao Ministério da Fazendo e do Ministério da Segurança Pública para garantir que Tabatinga possa ter a infraestrutura necessária para garantir o funcionamento do projeto, estratégico para integrar a região de fronteira à economia brasileira e combater a ação do crime organizado.
“Estamos falando de rotas que podem ficar prontas em 2025 ou 2026”, afirmou a ministra.
Manta-Manaus
O eixo multimodal Manta-Manaus é uma rota alternativa que permite a integração no Amazonas com o Oceano Pacífico, sem depender do canal do Panamá. Conforme a proposta, a mercadoria é transportada por navio ou balsa da Ásia até o porto de Manta, no Equador, depois é encaminhada por meio rodoviário até Providência, também no Equador, seguindo em balsas até Letícia, na Colômbia. Em seguida, passa pelo porto de Tabatinga até chegar ao porto de Manaus.
Hoje, com a rota que utiliza o canal do Panamá, o transporte de produtos que vem da Ásia leva de 41 a 60 dias. Com a rota via Manta, a duração passa a ser de 31 a 35 dias, uma redução de até 25 dias no trajeto, reduzindo os custos logísticos. A nova rota deve aumentar a competitividade dos produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus (PIM), já que boa parte dos insumos utilizados são importados da Ásia.
Comments