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Manaus é a 2ª capital do Norte mais sustentável do país, diz pesquisa nacional


Manaus é a segunda capital do Norte mais sustentável do país, segundo pesquisa publicada pelo Instituto Cidades Sustentáveis. A capital do Amazonas, que fica atrás de Palmas (TO) na região, obteve 49,98 na pontuação geral e classificação nº 1.690 no ranking dos 5.570 municípios do Brasil avaliados. Entre todas as capitais do país, Manaus ficou na 18ª posição.


O ranking mostra os municípios brasileiros mais alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU). As cidades estão classificadas pela pontuação geral, que mede o progresso total para o cumprimento de todos os 17 ODS.


Cada ODS possui seus indicadores relacionados a vários temas; como saúde, educação, segurança pública, meio ambiente, cultura. A análise de cada um deles é o referencial para a pontuação final.


Localizada no coração da floresta amazônica e com mais de dois milhões de habitantes, a capital amazonense conseguiu atingir apenas um dos 17 objetivos, cujos indicadores estão relacionados à Indústria, Inovação e Infraestrutura.


Tratam-se de indicadores como construção de infraestrutura resiliente, promoção da industrialização inclusiva e sustentável, além do fomento da inovação. Nesse sentido, o Pólo Industrial de Manaus pode ser apontado como responsável pela avaliação positiva deste ODS.


Desafios


Por outro lado, são 11 objetivos classificados como sendo de grandes desafios para Manaus, de acordo com a avaliação do Instituto Cidades Sustentáveis. Entre eles estão a erradicação da fome, redução das desigualdades, melhorias na qualidade da Saúde e Educação, água potável e saneamento, produção e consumo sustentável.


Na outra ponta


Enquanto Manaus aparece na posição nº 1.690 do ranking nacional, Lábrea (a 852 quilômetros da capital) está na penúltima colocação geral, na posição nº 5.569. A cidade do interior do Amazonas obteve a pontuação 30,15. Dos 17 ODS, o município aparece com 14 classificados como sendo de grandes desafios.


Lábrea atinge apenas a ODS 15, de Proteção à Vida Terrestre, cujos indicadores são a taxa de áreas florestadas e naturais; unidades de conservação de proteção integral e uso sustentável; além do grau de maturidade dos instrumentos de financiamento da proteção ambiental.


Já a ODS 7 de Energias Renováveis e Acessíveis e ODS 8 de Trabalho Digno e Crescimento Econômico aparecem como dois desafios a serem vencidos por Lábrea, cuja população é estimada em 47 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.


Pontuação ruim


Segundo a pesquisa, nenhuma cidade do Amazonas conseguiu alcançar 50% dos 100 pontos que equivalem à pontuação máxima do ranking. Manaus foi a que mais se aproximou, com seus 49,98. Dos 62 municípios, 49 estão na casa dos 30 pontos atingidos no IDSC-BR.


O município de Boca do Acre aparece colado com Lábrea, com 30,71 pontos, ficando na antepenúltima colocação na classificação geral, no nº 5.568 do ranking. Diferente de Lábrea, contudo, Boca do Acre não conseguiu atingir nenhum dos 17 ODS.


Além da capital amazonense, ficaram na casa dos 40 pontos atingidos: Novo Airão (44,25), Santa Isabel do Rio Negro 43,66), Anamã (42,77), São Sebastião do Uatumã (42,11), Presidente Figueiredo (41,99), Urucará (41,85), Japurá (41,23), Itapiranga (41,10), Juruá (40,94), Urucurituba (40,30), Tonantins (40,11) e Maués (40,01).


Metodologia


O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR) faz parte de uma série de relatórios produzidos pela Sustainable Development Solutions Network (SDSN) para acompanhar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos países membros da ONU, como o Brasil.


A avaliação, criada em 2012, tem como objetivo estabelecer os ODS como ferramenta útil e efetiva para a gestão pública e a ação política nos municípios brasileiros. O monitoramento de indicadores permite guiar as prioridades dos governos locais de acordo com os desafios identificados a partir da análise de dados.


O IDSC-BR apresenta uma avaliação abrangente da distância para se atingir as metas dos objetivos ODS nos 5.570 municípios brasileiros, usando os dados mais atualizados (tipicamente entre 2010 e 2020) disponíveis em nível nacional. Esta avaliação faz uso de 100 indicadores de fontes públicas e oficiais nacionais.


“A ideia é que cada cidade consiga, a partir da associação dos indicadores, monitorar os principais desafios para a agenda 2030 e quais são os progressos. Quais são os ODS que precisam avançar mais e quais são os ODS que já estão em progresso, assim, conseguem avaliar quais são as melhores políticas públicas”, explicou o coordenador de conteúdo do Instituto Cidades Sustentáveis, Beto Gomes.


A melhor e a pior


Na outra ponta das cidades brasileiras com o melhor IDSC no Brasil, está São Caetano do Sul, na grande São Paulo. O município do ABC Paulista tem cerca de 160 mil habitantes e atingiu 65,6 pontos na média feita entre os 17 ODS. O Estado de São Paulo conta com outras 12 cidades que se enfileiram entre as 13 com melhores índices de desenvolvimento.


Como destaque em São Caetano do Sul, está o ODS 14: Vida na Água. Com 100 pontos possíveis atingidos, a cidade paulista cuida bem dos seus recursos hídricos, o que também reflete no ODS 6: Água limpa e Saneamento, com 94,23 pontos.


Já na última posição do ranking – 5.570ª – aparece Santana do Araguaia, no Pará, com a pior média no índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades. São 30,10 pontos, com um alerta para o ODS 14: Vida na água, onde não possui pontuação. Com cerca de 75 mil habitantes, Santana do Araguaia fica no extremo sul do Pará, distante 1094 quilômetros de Belém.


Classificação das capitais da região Norte:


1ºPalmas (TO): Classificação (655), Pontuação (55,09)


2ºManaus (AM): Classificação (1.690), Pontuação (49,98)


3ºRio Branco (AC): Classificação (2.033), Pontuação (48,85)


4ºBoa Vista (RR): Classificação (2.609), Pontuação (47,13)


5ºBelém (PA): Classificação (4.050), Pontuação (42,58)


6ºPorto Velho (RO): Classificação (4.587), Pontuação (40,92)


7ºMacapá (AP): Classificação (4.771), Pontuação (40,17)

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