Pegos de surpresa com a explosão de casos de Covid-19 e da facilidade de contágio da variante Ômicron, os empresários do setor de eventos do Amazonas amargam um revés na atividade com novas medidas de restrições, quando tudo parecia caminhar para uma volta gradual dos negócios.
De acordo com o presidente da Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas (Asseeam), Gerson Sampaio, somente com o decreto do Estado que reduz eventos à capacidade máxima de 200 pessoas, foram cancelados 15 grandes shows na cidade e, com a suspensão do Carnaval de rua, mais de cem programações deixarão de acontecer.
Na tarde de quinta-feira (13), representantes de vários setores da economia, entre eles a Asseeam e o Comitê de Crise do Governo do Estado para a pandemia conversaram sobre o atual estágio das medidas e os impactos na atividade econômica.
“Da nossa parte do setor de Eventos, nós entendemos que as medidas são necessárias, mas queremos que todos façam o controle das medidas sanitárias. Nosso setor é quem está exigindo o ‘passaporte vacinal’ em 100% dos eventos, mas somos os principais atingidos por essas medidas. Tem que ter a exigência da carteira nos supermercados, nos shoppings e no comércio, pra assim todos se vacinarem e esse vírus sair logo de circulação”, defende Sampaio.
O empresário afirma que de setembro a dezembro de 2021, todos os eventos da cidade fizeram a cobrança do cerificado de vacinação e que, por isso, esses eventos não impactaram no aumento de casos no Estado.
“Hoje nós temos a informação de que 80% dos casos de internação nos hospitais e dos casos graves são de pessoas que não tomaram a vacina. Por isso é importante que seja cobrado o passaporte e que todos se vacinem logo”, informa.
Empresários reivindicam planejamento das autoridades
Segundo o presidente da associação, os empresários levaram para o Comitê de Crise a reivindicação para que as medidas não perdurem por muito tempo e que, não pode haver mais endurecimento nas restrições como ocorreu no ano passado.
“São 30 mil trabalhadores hoje preocupados e precisando trabalhar. Queremos uma planejamento por parte das autoridades para que a gente possa se programar porque sem esse planejamento a tendência é ficar parado e fechar”, disse.
Segundo Sampaio os empresários se comprometeram a munir Governo do Estado e Prefeitura com mais informações para que seja feito logo uma previsão dos próximos passos. Desde as medidas tomadas para o controle da pandemia ainda há pendências em relação a grandes eventos como o Desfile das Escolas de Samba de Manaus, no Centro de Convenções, agora em fevereiro, e o Festival de Parintins, em junho.
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