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Maior consumo no Amazonas é de internet, combustível e carros


MANAUS – Os habitantes no Amazonas reduziram o consumo em 8,1% em fevereiro deste ano na comparação com janeiro. A retração foi nas classes C e D e o índice é maior apenas que o Pará e o Rio de Janeiro, estado com pior desempenho entre 13 analisados na Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander. A média do País, nesse período, foi negativo em 3%.


Os destaques de alta no Amazonas foram nos setores automóveis e veículos (70%), prestadores de serviços (11%), combustível (8%), telecomunicação (7%) e rede online (6%).


Mesmo com esse desempenho, o mês foi negativo em relação ao movimento de consumo nos itens lojas de roupas (-12%), serviços (-11%), hotéis e motéis (-10%), drogaria/farmácia (-10%), companhias aéreas (-9%), restaurante (-8%) e lojas de artigos diversos (-7%).


Na pesquisa, todas as regiões do Brasil mostraram queda no consumo, com o Norte impactando mais no resultado (-12%). Nas demais regiões, o Centro-Oeste fechou com redução de 9,3% no consumo, seguido do Sul, com 5,8% de queda, Nordeste, com retração de 5,5% e Sudeste, que viu seu consumo recuar 2%.


Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil, afirma que o consumo foi impactado por ajustes que as famílias estão fazendo em seus orçamentos no início do ano. “As classes C e D sentem mais os efeitos das grandes contas do início do ano, como IPTU, IPVA, material escolar e pagamento de compras parceladas feitas para as festas de final de ano. Além disso, com o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o orçamento mensal fica sobrecarregado”, afirma a executiva.


Os setores que mostraram quedas mais significativa no consumo foram diversão e entretenimento (-15%), drogaria e farmácia (-9%,) hotéis e motéis (-8%), rede online (-6%), serviços (-3%) e supermercado (-3%).


Já o setor que se destacou com uma alta relevante no consumo foi o de Companhias Aéreas, que subiu 16%. Lojas de Roupas, Automóveis e Veículos e Telecomunicações cresceram 1% cada. “Não podemos esquecer que registramos um consumo bastante relevante dessa fatia da população em dezembro de 2021 e é natural que agora ocorra um ajuste de orçamento”, completa Luciana.


O levantamento mostrou também que o principal gasto no orçamento continua sendo com supermercado (37%), seguido de restaurantes (13%), lojas de artigos diversos (11%) e combustível (7%). Outro dado da pesquisa mostrou que 87% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais se comparado a janeiro.


Em relação ao ticket médio, houve queda significativa nos setores de diversão e entretenimento (-9%), hotéis e motéis (-8%), rede online (-6%), drogaria e farmácia (-4%), restaurante (-3%) e serviços (-3%). Contudo, subiu o ticket médio gasto com companhias aéreas (9%) e telecomunicações (2%).

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