A farinha favorita da população amazonense, produzida por comunidades ribeirinhas da região do médio Solimões, no Amazonas, denominada farinha do uarini, foi reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Amazonas.
(Foto: Reprodução / Viagens pela Amazônia / Amazon Sat)
A Lei nº 6.794/2024, sancionada pelo Governo do Amazonas, de autoria do deputado Cristiano D’Angelo (MDB), ressalta a importância deste produto, fruto de mão de obra familiar e a valorização do processo de fabricação sustentável e ecológico.
A cidade de Uarini (distante a 564 quilômetros de Manaus) localizada na região conhecida como Triângulo Jutaí/Solimões/Juruá, é produtora da farinha. A farinha do uarini é uma das favoritas, conhecida como “ovinha”, e é produzida por mandioca fermentada.
“É importante destacar o quanto os produtores de farinha regional, respeitam o ecossistema da região, preservam a integridade do solo e não usam adubos químicos. Nosso produto é uma opção mais saudável e natural comparada às farinhas extremamente processadas que encontramos nos mercados “, destaca o parlamentar.
A Lei chama a atenção para o grande consumo de farinha entre os visitantes da região Norte, tornando o mercado rentável para os microempreendedores, sobretudo para as comunidades ribeirinhas, a partir dos conhecimentos de produção da população indígena.
A farinha do uarini é escoada tanto para os mercados da capital, quanto para os demais municípios do Estado. “Além de fornecer a alimentação para os caboclos e ribeirinhos, os principais produtores se sobressaem pelas práticas tradicionais, como a preservação florestal e a preservação da história destes agricultores, o que deve ser valorizado”, enaltece o deputado.
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