O Amazonas registrou 218 casos confirmados de Covid-19 entre os dias 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024, conforme boletim da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) divulgado nesta quarta-feira (10). No período, nenhuma morte foi registrada.
Em Manaus, foram 149 novas infecções. No interior, 69. Apenas uma pessoa foi internada em leito de UTI. Ela estava com o esquema vacinal incompleto. E uma pessoa com todas as doses do imunizante ficou internada em leito clínico.
A alta de 263% na comparação com a semana anterior (60 casos entre 24 e 30 de dezembro) decorre das festas de fim de ano, período em que a população realiza compras de roupas e presentes em centros comerciais aglomerados e se reúne para confraternizações.
Na semana de 3 a 9 de dezembro, o estado registrou 22 casos de Covid. Entre 10 e 16, 24 infectados. E entre 17 e 23, 50 novos casos.
O Amazonas também enfrenta sazonalidade de vírus respiratórios no estado, que coincide com o inverno amazônico e período chuvoso com duração de outubro até junho.
Em janeiro de 2021, por exemplo, o Amazonas registrou a pior fase da pandemia de Covid-19, com milhares de infectados e mortos. Na ocasião, o sistema de saúde colapsou. Os hospitais ficaram superlotados, faltou oxigênio medicinal e pacientes morreram asfixiados.
Naquele mesmo ano, o governo federal distribuiu vacinas contra a Covid-19 para a população. A redução no número de infectados, internados e morto nos meses subsequentes foi associada à imunização. Até esta quarta-feira (10), segundo dados da FVS-AM, a vacinação primária contra o vírus alcançou 72,3% da população amazonense.
Como medida de prevenção, a Fundação de Vigilância recomenda a vacinação. Em Manaus, os locais de imunização são divulgados pela Prefeitura de Manaus.
A FVS-AM recomenda, ainda, etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz com lenço de papel ou usar o antebraço para tossir ou espirrar); higienização das mãos com álcool a 70% ou água e sabão; ventilação, limpeza e desinfecção de ambientes; isolamento de casos confirmados e uso de máscaras de proteção respiratória.
As máscaras são recomendadas, principalmente, para pessoas com fatores de risco para complicações por doenças respiratórias (pessoas com doenças de imunossupressão, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades), em situação de maior risco de infecção por vírus respiratórios, como locais fechados, com aglomeração e em serviços de saúde.
Conforme a FVS-AM, as máscaras também são recomendadas para pessoas com sintomas respiratórios e para proteção de pessoas saudáveis (quando em contato com alguém infectado) ou para controle da fonte de infecção (quando usadas por alguém infectado para prevenir transmissão).
Virose da Mosca
No início deste ano, unidades de saúde de Manaus registraram alta na demanda. Dezenas de pessoas com febre, dor abdominal, vômitos e diarreia buscaram os prontos-socorros.
A SES-AM (Secretaria de Saúde do Amazonas) alertou para a infecção por “Virose da Mosca”, termo que se refere às doenças de transmissão hídrica e alimentar, causadas pela ingestão de água ou alimentos contaminados por vírus e bactérias.
A secretaria comunicou que as moscas podem estar envolvidas na transmissão veicular desses vírus e bactérias, pois os carregam para as superfícies do corpo humano. Os sintomas incluem febre, dor abdominal, vômitos, diarreia e, em alguns casos, com presença de sangue ou muco nas fezes e desidratação.
A transmissão ocorre quando os alimentos contaminados ou em contato com moscas são consumidos ou quando as mãos e os utensílios contaminados não são higienizados adequadamente.
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