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Indígenas podem acessar financiamento para economia sustentável


Edital do Fundo Legado Integrado da Região Amazônica (Lira) se apresenta como alternativa para financiamento de atividades sustentáveis por indígenas e comunidades extrativistas na Amazônia. No momento, o edital contempla 25 projetos, três cooperativas, dez associações extrativistas, 12 associações indígenas, em 22 áreas protegidas com um total de 1.300 beneficiários diretos. Além de promover sete cadeias da bioeconomia florestal, 14 negócios sócio-produtivos, 15 publicações e estudos, 12 obras de infraestrutura e a capacitação de 700 pessoas na Região.


Cada um dos projetos selecionados neste edital vai receber um aporte de até R$ 150 mil e deve ser executado no período de até 18 meses. Alexandra Borba Suruí, da Associação Gap Ey, que foi uma das contempladas, conta que mesmo dentro da Amazônia parece existir falta de conexão entre as associações e vê neste projeto uma oportunidade de mudança.


“Se estivermos conectados, podemos, inclusive, consumir produtos uns dos outros”, diz. Para Adjair Mota, da Associação Acaje, o Fundo Lira é inovador pois todos os projetos visam desenvolver as capacidades dentro da comunidade. “O que é construído, fica na comunidade, isso é genial! Além da oportunidade de desenvolver a gestão institucional, por que muitas vezes a associação não tem possibilidade de gerir seus próprios recursos e precisa de terceiros”, afirma.


O Fundo Lira é um arranjo inovador de parceria entre o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), a Fundação Gordon and Betty Moore e o Fundo Amazônia/BNDES e gerencia um total de R$ 6 milhões em investimento, que visa aportar recursos financeiros para associações representantes de povos e comunidades tradicionais que exercem seus propósitos como guardiões das florestas.


Sem a Floresta Amazônica para retirar da atmosfera dióxido de carbono, principal gás responsável pelo efeito estufa, a temperatura no planeta pode subir a ponto de ultrapassar os limites de sobrevivência. Segundo o último relatório divulgado pelo IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU), se a situação atual da Amazônia não for revertida, as mortes por calor no Brasil aumentariam em 3% até 2050, e em 8% até 2090.


O projeto abrange 34% das áreas protegidas da Amazônia, considerando 20 UCs Federais, 23 UCs Estaduais e 43 Terras Indígenas, nas regiões do Alto Rio Negro, Baixo Rio Negro, Norte do Pará, Xingu, Madeira-Purus e Rondônia-Acre.


Com informações da Assessoria.

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