O ex-deputado estadual e ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB) afirmou ao ATUAL que “não cabe” reduzir a área do Parque Municipal Ponte dos Bilhares, na zona centro-sul de Manaus, para “dar lugar à burocracia” com a construção da nova sede da Semmas (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade). Ele criticou a decisão da prefeitura nas redes sociais.
Corrêa afirmou que o espaço público, inaugurado no dia 24 de outubro de 2006 durante sua gestão, é um “local de lazer” e “não de trabalho”.
“O motivo é óbvio [para considerar o Parque dos Bilhares inapropriado para a sede da Semmas]. Parque é local de lazer, não de trabalho. Não se encaixa em um parque uma secretaria. Diminuir o parque para dar lugar à burocracia? Não cabe”, disse Serafim Corrêa.
Na segunda-feira (10), o ex-prefeito de Manaus se manifestou publicamente contra o anúncio das obras pela Semmas, que custarão R$ 13,6 milhões. Corrêa fez um apelo para que o prefeito David Almeida (Avante) reavalie a ideia de construir a sede do órgão no local.
“As obras de cada prefeito viram um filho para quem as fez. Eu não sou diferente: o Pq Ponte dos Bilhares é como se fosse um filho. Soube que lá será construída a nova Semmas. A meu ver, não cabe. Respeito quem pensa diferente, mas pondero ao Pref David Almeida que reveja a decisão”, escreveu Serafim Corrêa em seus perfis no Facebook, Twitter e Instagram.
Na segunda (10), a Prefeitura de Manaus começou o remanejamento de mudas e árvores jovens no Parque Ponte dos Bilhares, na área onde será erguida a futura sede da Semmas.
“As árvores estão sendo retiradas de uma área e replantadas em outras, dentro do próprio parque, sem perda de vegetação. Além do transplantio, a secretaria realizará o enriquecimento da arborização em áreas carentes de árvores”, afirmou a Semmas, em nota.
“Todos os estudos necessários foram realizados para que o prédio seja construído no local. Inclusive, o projeto de construção da nova sede está sendo certificado pelo Banco Mundial, recebendo o selo internacional de construções sustentáveis”, explicou o órgão.
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