Manaus é a cidade com maior expansão das áreas urbanizadas em assentamentos precários no país. A ocupação desordenada em áreas de risco trouxe problemas ambientais graves, como a ocorrência de desastres naturais e outros processos de degradação ambiental causados pela ação do homem.
A informação é da Mapbiomas, publicada neste domingo, 19, pela agência Brasil, que destacou o deslizamento de terra no Jorge Teixeira e que resultou na morte de oito pessoas.
De acordo com a ONG, a prefeitura de Manaus informou que já identificou mais de mil pontos sensíveis na cidade – 62 deles classificados como áreas com alto risco de impacto.
Nos últimos dois anos, segundo a agência, a prefeitura solucionou problemas de grandes erosões em 17 localidades com com serviços de drenagem e aterro, para evitar novas erosões e alagamentos.
A prefeitura ressaltou ainda que grande parte das ocupações nestas áreas foram realizadas de forma irregular, com construções que passam sobre as redes de esgoto e drenagem, o que corrobora diretamente para as erosões.
Segundo o MapBiomas, em 1985 Manaus tinha uma área de risco com ocupação urbana de aproximadamente 523 hectares. Em 2021 esse número chegou a 1.841 hectares, um aumento de 1.319 hectares aproximadamente, equivalente a 10 mil campos de futebol.
Manaus, sozinha, concentrou mais de 36% de toda a ocupação de áreas de risco no estado.
De acordo com estudos da MapBiomas, 50 dos 63 municípios do estado possuem alguma ocupação em áreas de risco.
As ações humanas, segundo o estudo, têm provocado grandes alterações no meio ambiente e isso têm desencadeado um cenário de extrema preocupação entre os estudiosos e defensores do meio ambiente.
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