Depois de intensos contatos ao longo dos últimos dias, os dirigentes de entidades que representam trabalhadores da Educação, da Segurança e da Saúde, bem como concursados da Polícia Militar do Amazonas, reuniram-se ontem em frente à sede da Assembleia Legislativa do Estado, na avenida Mário Ypiranda Monteiro, Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus, e pediram aos deputados que intermediassem uma negociação deles com o Governo do Estado, advertindo que, se isso não ocorreu, o setor público pode parar nos próximos dias.
Depois de tratativas entre as entidades, ficou decidido que o primeiro objetivo seria o de buscar o apoio dos deputados estaduais para intermediar uma conversa com o governador Wilson Lima (União Brasil), que não tem respondido aos pedidos de audiência protocolados por eles. Todas as categorias reivindicam o pagamento de datas bases vencidas e há ainda pautas pontuais.
A primeira reação dos deputados não foi boa. Apesar da manifestação ter transcorrido pacificamente, a porta de acesso à galeria do plenário Ruy Araújo foi fechada e a sessão encerrada. Pouco depois o líder do Governo, deputado Felipe Souza (PRD) e o presidente da Comissão de Segurança da Casa, deputado Comandante Dan (Podemos) receberam uma comitiva de policiais.
Os manifestantes expressaram a necessidade do pagamento da data-base, atrasada em quatro anos. O representante do Sindicato dos Escrivães e Investigadores, James Figueiredo, destacou que na esfera da Polícia Civil há outras demandas, como o atraso de parcela do escalonamento de salário e promoções, mas que todos abriram mão das outras reivindicações em favor de uma só bandeira, a data-base, porque ela alcança a todos os agentes responsáveis pelo cumprimento da lei, estejam eles na ativa, ou na reserva.
O perito Fábio Coutinho, da Associação de Peritos Oficiais, reforçou que o movimento deseja a reposição de perdas inflacionárias, sem falar de aumento real, e quer negociar, para o que é necessário um chamamento oficial. O sargento Igor Silva, da Associação de Cabos e Soldados, lembrou da preocupação que a população tem em relação à segurança pública, que precisa se refletir nas ações do executivo.
O Comandante Dan, que é policial militar da reserva, preside a Comissão de Segurança Pública e tem intermediado uma aproximação junto ao governo, para que não haja prejuízos à população sob forma de paralisações, ou outras atitudes que comprometam a segurança pública.
“Hoje estamos há quatro anos e 37 dias sem a concessão do benefício e não tenho dúvidas da legitimidade, da procedência e da necessidade do movimento em favor da data-base, movimento que é pacífico e ordeiro, e tem buscado uma solução a partir da negociação”, declarou.
O líder do Governo do Estado no Parlamento Legislativo Estadual, deputado Felipe Souza, falou sobre a queda na arrecadação mensal dos cofres públicos, o que deve ter dificultado uma resposta oficial. Ele se comprometeu em intermediar uma reunião do movimento com o governador Wilson Lima para tratar da pauta data-base.
Fizeram parte da comitiva: o coronel Ricardo, pelo Clube Militar dos Veteranos; o perito Fábio Coutinho, pela Associação dos Peritos Oficiais; o major Frederico, da Associação de Oficiais PM e BM; o policial James Figueiredo, do Sindicato dos Policiais Civis; o sargento Igor Silva, da Associação de Cabos e Soldados e o policial penal Rocinaldo da Associação de Policiais Penais.
Representantes de policiais civis, militares, penais, dos bombeiros militares, dos escrivães, dos investigadores e peritos, da ativa e da reserva, estão acampados, em frente à sede do Governo do Estado, na expectativa de uma reunião com o governador Wilson Lima, para que se estabeleça uma negociação.
Ainda nesta semana, as lideranças das entidades representativas se reunirão novamente para avaliarem o resultado do ato público de ontem e traçarem
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