As cidades de Manaus, Manicoré e Tabatinga, todas no Amazonas, possuem 968 escolas públicas aptas a receberem internet banda larga, rede wi-fi e computadores para alunos e professores do Aprender Conectado. Todas as escolas já passaram pela etapa de vistoria técnica, quando são avaliadas as condições de infraestrutura dos imóveis, como por exemplo fornecimento de energia, existência e capacidade de internet e rede wi-fi.
A vistoria constatou que 17% das escolas não possuem fornecimento de rede de energia elétrica, 24%, não possuem internet; 73%, não têm internet com velocidade adequada e nenhuma das escolas possuem rede wi-fi. O próximo passo para o início da implantação do projeto, é a aprovação da fase 2 do Aprender Conectado pelo Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape), presidido pelo conselheiro Vicente Aquino, da Anatel.
Além das escolas no Amazonas, 1.356 escolas das regiões Norte e Nordeste, localizadas nos estados do Pará e da Paraíba, compõem a fase 2 e também já estão prontas para receberem o projeto, que beneficiará mais 795.448 alunos. Os critérios de escolha levaram em conta municípios com maior número de escolas desconectadas e que possuam estrutura de rede em fibra. Foram incluídas todas as escolas dos municípios listados, até mesmo as que não possuem energia.
“O Aprender Conectado tem condições de gerar uma grande transformação na vida dos alunos, dos professores e da comunidade como um todo, ao permitir que crianças de escolas públicas recebam uma educação conectada. Com Internet banda larga, kits de informática, capacitação dos professores, vamos mudar a realidade desses jovens e a história da educação no Brasil”, explica Paula Martins, CEO da Eace – Entidade Administradora da Conectividade de Escolas, responsável pela implantação do projeto.
O projeto Aprender Conectado finalizou o projeto piloto, quando foram escolhidos dois municípios em cada uma das cinco regiões do país, totalizando 177 escolas públicas e aproximadamente 32 mil alunos, que receberam equipamentos de informática e agora dispõem de melhores condições de aprendizagem com rede wi-fi e internet de alta velocidade.
Na fase piloto foram contempladas escolas nas seguintes localidades: No Norte, Pau D’Arco (PA) e Espigão do Oeste (RO); no Nordeste, Baía da Traição (PB) e Santa Luzia do Itanhy (SE); no Centro-Oeste, Gaúcha do Norte (MT) e Cavalcante (GO); na região Sudeste, Berilo (MG) e Silva Jardim (RJ), e na região Sul, Entre Rios (SC) e Coronel Domingos Soares (PR).
Toda a parte operacional do projeto Aprender Conectado está sendo executada pela Entidade Administradora da Conectividade das Escolas (Eace), ligada ao Gape.
Entenda o projeto Aprender Conectado
O projeto o projeto Aprender Conectado surgiu com o Edital do 5G, que destinou recursos da ordem de R$ 3,1 bilhões para levar conectividade às escolas públicas de educação básica, com a qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas atividades educacionais.
O Aprender Conectado atenderá escolas em todo o País, incluindo as situadas em comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos, garantindo conexão com alta velocidade, mesmo para aquelas que não possuem energia, com internet banda larga, rede wi-fi e kits de informática.
Para definir os critérios do projeto e gerir seus recursos, foi criado o Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape), composto pela Anatel, ministérios da Educação e das Comunicações, e as empresas vencedoras da faixa de 26 GHz, Algar Telecom, Claro, Telefonica, dona da marca Vivo, e TIM, que criaram a Entidade Administradora da Conectividade das Escolas (Eace), responsável pela execução do projeto. O Gape é presidido pelo conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, e tem a missão de dar as diretrizes e fiscalizar a Eace.
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