Em entrevista a um jornal local, o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador David Reis (Avante) confirmou que desistiu de retomar a licitação para construção do prédio anexo da Casa que custaria R$ 32 milhões. A construção passou a ser chamada de ‘puxadinho’.
David Reis defendeu o projeto justificando que seria o “primeiro prédio público construído de frente para o rio”. O presidente da CMM também reclamou que não teve oportunidade de esclarecer a construção, destacando que foi perseguido e “alvo de maldade”, sendo obrigado a desistir da construção.
“O edital foi lançado com um teto máximo de gastos de R$ 32 milhões. Quem quer que fosse participar desta licitação estaria sujeito a esses valores e o valor do metro quadrado se essa obra tivesse vingado com a metragem que ela tem teria de expectativa e o valor máximo de disposição, isso iria custar R$ 2,6 mil o metro quadrado. Pega qualquer obra em qualquer outro canto pra ver se você consegue alguém que tope fazer essa construção. Essa edificação iria contemplar o máximo que uma Câmara de capital comporta de vereadores pela Constituição, que são 56 vereadores, não foi eu que inventei isso”, alegou David Reis.
Questionado se conseguiria apontar erros da gestão, o presidente da CMM disse ser aberto às críticas, mas que não via nenhum erro durante o primeiro ano de presidência.
“Se você quiser apontar algum, estou aqui para lhe responder. Agora os acertos, tudo que fiz, até agora foi buscando acertar”, respondeu.
O presidente classificou o relacionamento da Câmara com a Prefeitura de Manaus como “excelente” e minimizou o fato de que a Casa, atualmente, só tem dois vereadores que se declaram de oposição. David Reis disse que tal postura solícita com que os vereadores tratam os projetos do prefeito David Almeida (Avante) na Casa é “inteligente”.
O presidente da Casa evitou fazer críticas abertas aos vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e Amom Mandel (sem partido), que desde o início da atual legislatura questionam na Justiça os atos de David Reis no comando da CMM.
A respeito do aumento da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), popularmente conhecido como cotão, David Reis disse que a Justiça do Amazonas já deu a resposta definitiva sobre o assunto, garantindo que o rito de aprovação do aumento foi legal, referindo-se à decisão que saiu no dia 13 de janeiro, quando a Justiça rejeitou uma ação dos vereadores Rodrigo Guedes e Amom Mandel que pedia a suspensão da votação que aprovou a revisão da Ceap.
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