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Chuvas no Peru elevam nível do rio em Tabatinga e Santo Antônio do Içá


O nível do Rio Solimões voltou a subir em Tabatinga e em Santo Antônio do Içá, municípios localizados no sudoeste do Amazonas, segundo dados da Proa (Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia). Entre os dias 6 e 20 de outubro, houve oscilação na medição, mas, neste fim de semana, em Tabatinga, pela primeira vez desde o dia 1º deste mês, o rio de águas barrentas atingiu nível acima do ponto zero da régua de medição. Pesquisador afirma que subida ocorre em razão de chuvas no Peru, onde nasce o Rio Amazonas.


No sábado (21), o Rio Solimões alcançou 20 centímetros em Tabatinga. Neste domingo (22), a lâmina d’água alcançou 47 centímetros. Em Santo Antônio do Içá, o rio subiu de 0.18 centímetros abaixo do ponto zero no sábado para 0.02 acima da marcação no domingo.


De acordo com o pesquisador em geociências do SGB (Serviço Geológico do Brasil), Marcus Suassuna, devido ao fenômeno El Niño, que provoca alteração nos padrões de chuva, a perspectiva é que os rios da Bacia do Rio Amazonas tenham subida atrasada e lenta.


“Com as chuvas registradas no Peru, o nível do Rio Solimões deve começar a subir nos próximos dias. A estação de Tabatinga é a primeira a sentir a recuperação. Gradualmente, as cotas vão subir nas outras estações em Fonte Boa (AM), Itapeua (AM) e Manacapuru (AM)”, disse Suassuna.

Diferente do Rio Solimões, o nível do Rio Negro continua a descer. Neste domingo, em Coari, a lâmina d’água atingiu 2.78 metros (1,30 metro abaixo do nível registrado no dia 1º de outubro). Em Itacoatiara, o rio alcançou 0.68 centímetros (2,34 metros mais baixo do que no início do mês).


Suassuna afirma que é possível que a descida do Rio Negro siga por mais duas ou três semanas.


Para o Rio Madeira, “a projeção é que o retorno a níveis dentro da normalidade não deve acontecer antes do final do mês de novembro, em razão do atraso e da fraca intensidade das chuvas nesse início de estação”, detalha Suassuna.

O Madeira também atingiu níveis mínimos históricos na régua de Porto Velho no dia 8 de outubro, quando alcançou 1,10 metro. A cota esteve 30 centímetros abaixo da mínima histórica anterior, de 1,40 metro, observada em 2022. Nesta quinta-feira (19), o rio registrou 1,85 metro na estação de Porto Velho.


Prolongamento


Em algumas estações no Alto do Rio Negro, em Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, os níveis mínimos deverão ser observados apenas em 2024. “Em locais onde a estiagem ocorre em fevereiro, a situação é bem preocupante porque já são registrados níveis bem baixos, e o prognóstico até fevereiro não é favorável, em razão dos impactos do El Niño na região que seguirão fortes até o primeiro semestre do ano que vem”, destaca Suassuna.

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Blog do Jucem Rodrigues
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