“No estado do Amazonas, a queda do desmatamento foi de 64%”. A afirmação foi da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa após reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento, em Brasília (DF).
Segundo a ministra, se não fosse essa diminuição, haveria uma situação “incomparavelmente pior”, fazendo relação com os problemas causados pela fumaça e estiagem histórica que afetou o estado nos últimos meses. A falta de chuva e o fenômeno El Ninho resultou na decretação de situação de emergência nos 62 municípios.
Conforme o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), após aumento no desmatamento registrado desde 2019, o Amazonas reduziu 40% nas taxas estaduais de desmatamento. No Pará, a redução foi 21%.
(Fonte: MMA)
A redução é devido ao aumento de número de multas e embargos com adoções de tecnologia, o cancelamento, suspensão e pendência do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Florestas Públicas Não Destinadas e áreas privadas, articulação com Estados (ex. Pará) para ações integradas de controle do desmatamento, ações de desintrusão e controle do espaço aéreo em Terras Indígenas (garimpos clandestinos) e fortalecimento do controle de crimes ambientais na Amazônia e ilícitos na fronteira.
Ações do Ibama
No Amazonas, foram destruídas 26 dragas, oito barcos, quatro rebocadores e 42,5 mil litros de diesel até esta quinta-feira (9). Os fiscais também apreenderam nove antenas Starlink e 3,2 quilos de mercúrio.
A operação é realizada nos rios Jandiatuba, Boia, Jutaí, Igarapé Preto e Igarapé do Mutum, no Vale do Javari. O avanço do garimpo na região ameaça a sobrevivência e os modos de vida dos povos indígenas, principalmente os grupos em isolamento voluntário.
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