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Amazonas tem duas cidades entre as piores em registros de nascimentos

Barcelos e Japurá, no Amazonas, estão entre as dez cidades do Brasil com os maiores números de crianças de até 5 anos sem certidão de nascimento. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


O “Censo Demográfico 2022 Registro de Nascimentos: Resultados do universo” mostra que Barcelos é o terceiro município com a menor cobertura de registro. Das 2.838 crianças até 5 anos, apenas 62,5% têm certidão. Japurá aparece em 7º lugar, com 1.438 crianças, 82,3% registradas.


Alto Alegre (3.638) e Amajari (2.461) em Roraima, lideram o ranking. São as duas cidades com menores percentuais, com 37,7% e 48,1%, respectivamente, de crianças registradas em cartório.


Em Manaus, conforme o IBGE, 98,05% das crianças até 5 anos de idade têm certidão de nascimento expedida por cartório. Ainda assim, em 2022, 114.221 crianças não estavam registradas (ou os responsáveis legais não souberam informar a existência do documento).


No Amazonas, outros 22 estão abaixo dos 95% na identificação de crianças. Santa Isabel do Rio Negro, Atalaia do Norte, Autazes e Borba aumentaram a cobertura em 10% desde 2010.


Em relação aos estados, o Amazonas aparece com 96% de crianças registradas. Roraima, com 89,3%, é o estado com a cobertura mais baixa.


Na terceira colocação ficou o Amapá, com percentual de 96,7%. Nos outros estados brasileiros, o percentual de crianças de até 5 anos foi superior a 98%, com destaque para as regiões Sudeste e Sul, e para Rondônia, Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Bahia e Paraíba, registrando 99,5% de cobertura.


Se considerar o grupo com crianças com menos de 1 ano, os três estados ainda se mantém no topo da lista. Roraima permanece na liderança, com 87,1%, mas as posições se invertem com o Amapá e o Amazonas.


Região Norte


A Região Norte, que concentra 45% da população indígena do país, tem o percentual de crianças com registro civil abaixo da média nacional – 97,3%, (a média do país é 99,3%), mas também a que registrou maior aumento entre os censos de 2010 e 2022, de 4,7 pontos percentuais.


A mesma lógica foi registrada pela Região Nordeste, com o segundo menor percentual (99,3%) e o segundo maior avanço no período (2,4 p.p.). No Censo 2022, as regiões Sul e Sudeste registraram 99,6%, enquanto a Centro-Oeste, 99,4%.


Entre as crianças do grupo etário menor de 1 ano, a cobertura atingiu 94,2% no Norte, 97,8% no Nordeste, 99,1% no Centro-Oeste, 99,4% no Sudeste e 99,5% no Sul.

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