Bares e restaurantes têm apresentado uma forma diferente de atender o cliente nos últimos dois anos. E o tema já repercute na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), que aprecia um Projeto de Lei (PL) que obriga os estabelecimentos comerciais a também disponibilizarem o cardápio na versão física (impressa).
Agora, é comum o cliente fazer as escolhas a partir de um cardápio ou menu digital, mas, para isso, é preciso ter acesso a um celular com internet e câmera que possam escanear um QR Code.
O tema, que tem levantado debates em todo o país, levou um deputado do Amazonas a propor que os estabelecimentos não abram mão do cardápio físico.
O deputado estadual Thiago Abrahim (UB) quer proibir estabelecimentos que comercializam bebidas, refeições e similares de disponibilizar somente cardápio ou menu exclusivamente digital no estado.
O parlamentar argumentou, que, embora o cardápio em formato digital, QR Code, seja uma boa tecnologia, ele não é inclusivo, pois pessoas com deficiência visual ou pessoas de baixa renda acabam não tendo acesso a esse formato.
Outro ponto destacado por ele é que, com essa tecnologia, a interação social entre as pessoas diminui, pois para ter acesso aos cardápios é preciso estar conectado a um smartphone.
“Muito tem se falado sobre os restaurantes que adotaram, exclusivamente, cardápios digitais por QR Code. Os donos dos estabelecimentos alegam que tais tipos de cardápio reduzem os custos e facilitam a remarcação de preço a ponto de permitir, inclusive, uma flutuação de acordo com os dias da semana”, disse Abrahim.
O parlamentar ainda frisa que o QR Code – muitas vezes – apresenta falha e alguns celulares não possuem uma boa resolução na câmera para “ler aquele quadradinho”.
Os cardápios por QR Code ganharam força durante a pandemia de Covid-19, como medida sanitária, mas, passada a pandemia, o tema voltou a ser motivo de discussão.
Nacional
Em outros estados do Brasil, leis semelhantes já foram apresentadas por outros parlamentares, pedindo, inclusive, o fim dos cardápios em formato digital e exigindo que ele seja oferecido somente em formato físico, é o caso do Rio de Janeiro, por exemplo.
Na Paraíba, dois deputados pediram, na Assembleia Legislativa, a obrigação de manter os cardápios físicos nos estabelecimentos do estado.
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