A taxa de desemprego no Brasil subiu em oito das 27 unidades da federação no primeiro trimestre de 2024, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (17/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Acre liderou esse aumento do desemprego, seguido por Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Em contraste, o Amapá foi o único estado a registrar uma queda na desocupação. Nas outras 18 unidades, houve estabilidade em relação ao trimestre anterior.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, houve nove quedas na taxa de desemprego e nenhuma UF registrou aumento estatisticamente significativo.
Os estados que apresentaram queda foram Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Espírito Santo. As demais UFs mantiveram-se estáveis.
Apesar do crescimento da taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2024, o IBGE ressaltou que a maioria dos indicadores do mercado de trabalho se manteve positiva na comparação anual.
As maiores taxas de desocupação ao fim do trimestre foram observadas na Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%). Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%) registraram as menores taxas.
Entre as grandes regiões, o desemprego variou da seguinte forma:
Norte: estabilidade, de 7,7% para 8,2%;
Nordeste: aumento de 10,4% para 11,1%;
Centro-Oeste: estabilidade, de 5,8% para 6,1%;
Sudeste: alta de 7,1% para 7,6%;
Sul: alta de 4,5% para 4,9%.
O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2024 com uma taxa de desemprego de 7,9%, uma alta de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 7,4%.
Apesar da alta, esse foi o melhor resultado para o período desde 2014.
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O número absoluto de desocupados aumentou 6,7% em comparação com o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas.
Na comparação anual, houve um recuo de 8,6%.
No primeiro trimestre de 2024, a população ocupada caiu 0,8%, estimada em 100,2 milhões de pessoas. No entanto, em termos anuais, houve um aumento de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.
A taxa de desocupação das mulheres permaneceu maior que a dos homens, sendo 9,8% contra 6,5%, respectivamente. A desocupação entre mulheres no Nordeste chegou a 14%, enquanto a melhor situação foi no Sul, com 6%.
Por raça, pretos e pardos continuaram a ter taxas mais altas de desocupação. No trimestre, as taxas subiram em todas as divisões:
Brancos: de 5,9% para 6,2%;
Pretos: de 8,9% para 9,7%;
Pardos: de 8,5% para 9,1%.
O rendimento real habitual aumentou 1,5% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.123. Em termos anuais, o crescimento foi de 4%.
Os homens registraram uma renda média real de R$ 3.323, enquanto as mulheres tiveram uma média de R$ 2.639.
Apenas Bahia, Espírito Santo e Paraná tiveram aumento do rendimento médio real no trimestre. Na comparação anual, Rio Grande do Norte, Pará, Mato Grosso, Paraná e São Paulo registraram aumento no rendimento médio real, enquanto os demais estados mantiveram-se estáveis.
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