O secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, anunciou em suas redes sociais que há um transbordo de contêiner saindo de Vila do Conde, em Portugal, para Manaus, nesse domingo (22) e devem chegar à capital a partir desta terça-feira (24).
O secretário disse, sem muitos detalhes, que nos contêineres há insumos para abastecer o comércio e a indústria e ainda, que, após esse lote, outros chegarão a Manaus progressivamente.
A publicação de Serafim gerou discussões nas redes sociais e o próprio secretário respondeu alguns questionamentos.
Em um dos comentários, um seguidor afirmou que se a BR-319 estivesse pronta, o estado não estaria, nesse período, dependendo do transporte fluvial para que os insumos pudessem chegar à capital. Corrêa, por sua vez, rebateu e pediu sugestão do seguidor.
Ao apresentar suas propostas, o seguidor disse que a liberação da BR-319 seria a melhor forma de diminuir custos do transporte que trazem insumos para o Polo Industrial de Manaus (PIM) [a longo prazo]. Mas Serafim rebateu novamente: “mas e para o momento?”, questionou o secretário.
Um outro seguidor disse que o “Amazonas merece mesmo o isolamento. Pois todos os políticos ou são proprietários do segmento de cabotagem, ou tem seus favorecidos”.
PIM
Na semana passada, dia 17 de outubro, a fabricante de motocicletas Yamaha paralisou a sua linha de produção no Polo Industrial de Manaus (PIM) por falta de peças. A informação foi revelada por um dos funcionários da fabricante ao Portal AM1.
O colaborador disse que, devido à seca no Amazonas, a empresa não tem recebido as peças essenciais para montar os seus produtos, como motocicletas e motor de popa, muito utilizados na região, que chegam ao estado por meio do transporte fluvial, que já é um trajeto difícil e, com a vazante do rio Negro, complicou-se mais ainda.
O funcionário também disse que, caso a situação piorasse, a solução, no momento, seria dar férias coletivas aos funcionários ou demitir parte dos colaboradores.
Outro ponto que é destaque na questão do isolamento do Amazonas causado pela estiagem, refere-se à única alternativa para que mercadorias cheguem ao estado: via aérea.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), Ralph Assayag, tendo em vista que o transporte aéreo é mais caro que o transporte hidroviário, caso a estiagem persista até novembro, o transporte aéreo, deve encarecer os insumos das fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e também os produtos farmacêuticos.
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